quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Trânsito internacional

Em 2005 fui ao Cairo, capital do Egipto (não lhe consigo tirar o P). Gostei imenso desta viagem, mas o que interessa aqui para a conversa são os carros.

Assim que chegámos ao Aeroporto tínhamos um guia muito simpático à nossa espera. O carro, um toyota relativamente novo ( o que ali não é normal, pois os carros datam quase todos da década de 70). Malas dentro do porta bagagens e lá vamos nós.

Ora, 4 portugas maravilhados por estar num país estranho, de noite, enfiados no carro.
Quando damos por isso descobrimos que não há luzes na autoestrada, não como cá. E mais: os senhores não acendem as luzes dos carros. E andam sempre a buzinar, constantemente a buzinar, por tudo e nada. E andam em contra mão como se fosse natural.
Nisto, vemos uma pessoa a atravessar (sim, na autoestrada) à nossa frente. A carrinha da frente, que devia ser do tempo dos faraós ainda, trava, buzinando, claro.
E cai da carrinha o quê? Um pedregulho enorme!
E vai na direcção de quê? Do nosso carro!
E que fazem os portugas? Gritam!
E que faz o motorista? Ri-se e desvia-se por milímetros.

Foi esta a apresentação que tive logo nos primeiros minutos nesta cidade. Mais episódios contarei aqui.

                                                                                           Vídeo retirado da net.

3 comentários:

  1. E ainda dizem outros habitantes da Terra, que os tugas são um perigo na estrada?? É porque nunca foram ao Cairo, só pode.

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  2. Estive lá em 2010. 2 dias completamente em choque. 3 dias a ganhar coragem para atravessar a estrada. 7 dias a utilizar grupos de transeuntes como escudo humano quando atravessava. Ia morrendo umas poucas de vezes, porque fiz rotundas ao contrário, andei em sentidos proibidos, atravessei lombas a 200 à hora, atravessei (a pé) uma via rápida à noite, e a meio percebi que os senhores andavam sem luzes....! Estava lá na noite em que o Egipto ganhou a Taça das Nações Africanas e foi a loucura... Amei aquela cidade, e anseio por lá voltar, mas não é de fácil adaptação não... E aquele pelo fantástico no tablier?? e as caixinhas de lenços de papel forradas com pelo também? Nada melhor, pá!

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